quinta-feira, 29 de novembro de 2012

PARECE ATÉ UM FILME


Outra  viagem

Só aqui o primeiro índio abatido também














No trabalho


UMA HISTÓRIA DO PERU
Mais uma vez estava eu em Ibicaraí, sul da Bahia, minha cidade natal, aproveitando umas férias da escola e como sempre aprontando com a turma local, que eram amigos de infância e que mais pareciam “os mosqueteiros”, caçando lua e procurando arte. A turma sempre junta, jogando conversa fora, flertando com as gatas, falando da vida dos outros que é de praxe no interior e curtindo músicas, principalmente Roberto, Erasmo, Caetano, e os hits internacionais da época, (Bee Gees, Creedence, Beatles...) com uma vitrola de pilha daquelas que a tampa era a caixa de som e sempre estava a postos para uma serenata e aquelas noitadas nos bancos da praça, que às vezes se estendiam  até no Cemitério local, só prá dar o que falar no outro dia.
Bem!!! Minha tia possuía uma fazenda de cacau com algumas cabeças de gado e também alguns cavalos, os quais eram a maior glória para a turma quando tínhamos que amansar algum potro no curral ou sair pela fazenda em busca de alguma vaca ou bezerro desgarrado e nesse caso a montaria era uma questão de vida ou morte para nós jovens, a ponto de ficarmos a maior parte do tempo na fazenda e nos aventurar na cidade nas noites de sexta e sábado para uma festa, ou nas baladas do clube para curtir a banda local que faziam uma imitação de bandas famosas (hoje é cover), ou ainda com as bandas Os Lords e Mick Five, além de um rolé pela city.
Nessa temporada, eu e meu primo Jorge começamos a namorar  duas irmãs, (Helena e Lilian) cujo pai era dono de uma lanchonete, e digo a vocês: como era gostoso o namoro de jovens, como era doce o beijo, a sacanagem e o encontro na praça para ficar horas rodando pelo jardim e aproveitar para um beijo furtivo e uns amasso inesquecíveis que ficaram na história e para sempre na lembrança. Por outro lado, a galera, ou melhor, os mosqueteiros, eram eu, Nanado (black Nana), Paulo (Forró), Rodolfo, Péricles (bostinha) e Carlinho... sitam os nomes das figuras que eram conhecidos na cidade dessa forma e dentre nós, o personagem mais destacado  era o Paulo Forró, Gordinho, baixinho, branquinho, sarnento e todo cheio de onda, e esse nos proporcionou uma verdadeira cena de cinema pois num belo domingo fomos ver uma partida de futebol daqueles times “Arranca Toco e Quebra Canela”, e sentados fora da visão do campo no meio do mato, nos aparece uma perua enorme com uns cinco filhotes ciscando e glu-glu prá lá e glu-glu prá cá, ao tempo em que nosso amigo Paulo Forró tira uma faca de cozinha quebrada pelo meio e pula na frente da perua, que assustada abre o rabo, abre as assas  e se coloca na frente dos filhotes para proteger as crias e nosso amigo nos diz: vou pegar essa bichona...
- Pensem na gargalhada geral e na crise de risos da galera ao ver aquela figura travando a perua e que de repente entra em luta corporal com o animal e sai rolando ladeira abaixo e cai dentro dos matos agarrado nela, os filhotes atrás e nós numa crise de risos sem precedentes, que levava Forró a enfeitar mais ainda a cena, socando a bicha, para finalmente ele se levantar todo arranhado e dizer: - já era, tá morta a desgraçada.
Caímos na real e ficamos todos pasmos e sem reagir, pois não era bem o que estávamos esperando e sem nenhuma reação momentânea, pairou um silêncio seguido da corrida de Nanado espantando os peruzinhos, o que nos levou a acordar:
- E agora galera???? O que vamos fazer, retruquei...
- Temos que achar um meio de levar a perua sem levantar suspeita e sair daqui o mais rápido possível... disse Carlinhos.
Então chegamos a uma definição depois de cenas de culpas, de medos, de risos, de se esconde aqui, se esconde ali, finalmente sai o Nanado para buscar um saco a fim transportar a dita cuja, levar na casa dele para tratar e temperar e agora pensem vocês o que foi convencer o black Nana a ir em casa, preparar a perua para assar e ainda convencer a mãe de que a perua era da fazenda e foi um presente para o aniversário de Paulo forró e o pior ainda  foi pedir a uma amiga (Léa) cujo pai era dono da padaria, para assar a perua no forno.
            Vencemos essa etapa e passado esse dilema, seguimos para nossas casas onde marcamos para nos encontrar mais tarde, desfrutar do “peru assado” e resultado: fizemos uma seresta das boas onde apareceu gente de todos os lados, saborearam a suculenta perua e nós éramos risos mil e gargalhada geral.
            No outro dia eu e o primo Jorge fomos para a fazenda a fim de tirar a cara da tela e sumir do resultado da descoberta da ”Farra da Perua” e enquanto curtíamos a paisagem bucólica, os animais e os afazeres da roça, para nossa felicidade, aparecem as namoradas que vieram de bicicleta e aí o bicho pegou; podem imaginar na felicidade nossa em ver as meninas loucas por um romance o que nos levou a abraços e beijos apaixonados, e nisso nos separamos e fomos para o armazém da Barcaça (local onde se coloca o cacau para secar) e nos deitamos sobre o cacau seco e este caroços grudavam em nossos corpos suados e nos embriagávamos com aquele cheiro, com aquele ambiente sombrio e compondo este ambiente surgia a silhueta daquele corpo nu, lindo, moreno, perfeito, o qual eu cheirava e acariciando a beijava,  e entre mil carícias eu a penetrava num frenesi louco fazendo surgir no ar um “cheiro de amor” que invadia o local se misturando ao cheiro do cacau nos levava a um gozo espetacular, para finalizar em beijos e abraços e despedidas, vendo-as nas bicicletas retornando para a cidade.
              Dois dias depois voltei para Salvador e guardo na lembrança essa passagem louca de uma das férias na minha cidade natal e esperando que alguns dos amigos a leiam e se lembrem dessa história.



O incrível Hulk
Feira de Artes no Góes Calmon
Outro lugar mais bonito, impossível




Esse é o "CARA"

Lai a gata linda

Lai e Eduardo



Alambique em Guarapiranga - SP