quarta-feira, 19 de setembro de 2012

UM VELÓRIO ERRADO



Em Araraquara-São Paulo


Vista do Rio de Janeiro


As amigas Nanda e Mônica

Que dupla da zorra em Divinópolis




UM VELÓRIO ERRADO
Lá vamos nós, eu e Jackson, colega de trabalho que durante muito tempo viajamos por esse Brasil e que as histórias vividas serão relatadas em outros contos, para o deleite dos conhecidos e dos que participaram das mesmas.
 A questão nesse fato do velório, é que faleceu de acidente de carro em Pernambuco, Estado onde estava trabalhando, um rapaz baiano, jovem de 26 anos, cujo corpo foi transladado para Salvador e levado para o município de Camaçari onde residia com esposa, filho e família.
Saímos de Salvador um pouco tarde e fomos seguindo para Camaçari tentando chegar a tempo de encontrar as pessoas conhecidas do Jackson na casa do falecido, já que eu não conhecia ninguém e fui para fazer companhia e ele conhecia um pouco, apenas a esposa e uma quase tia dela que também tinha ido de Salvador e ficou de encontra-nos por lá.
Parece brincadeira a trajetória percorrida na cidade para encontrar o endereço que nos foi fornecido num pequeno pedaço de papel, que dizia: POC 2 – Jardim 46; pegamos várias e várias ruas e entradas e mais entradas  e mais perguntas, que resultavam naqueles famosos: é ali... siga adiante, dobre primeira a direita, na sinaleira dobre a esquerda e pergunte outra vez que tá perto... Fizemos isso várias vezes até finalmente conseguir chegar na casa do falecido onde o velório já estava de saída para o cemitério e eu fique mais afastado, já que não conhecia ninguém, como já havia dito, e o Jackson se adiantou a procura da senhora conhecida que surgiu chorosa com lágrimas nos olhos para logo em seguida receber um abraço caloroso do colega que também demonstrou seus sentimentos abraçando-a e depois dirigindo-se à viúva que aos prantos liberava seus  sentimentos à flor da pele e mostrando a camisa com a foto do esposo na frente e um trecho da música de Tim Maia: Não sei porque você se foi... quantas saudades eu senti... e por aí vai.
Bem!!!... como já chegamos praticamente na saída do enterro, fomos seguindo o velório num engarrafamento de matar e para aliviar o tédio parávamos e tomávamos umas cervejas, a fim de aliviar a tensão, ajudar a vencer a confusão e diminuir a vontade de chegar, até que finalmente conseguimos estacionar e entrar no cemitério, onde meu amigo Jackson se adiantou para o meio da confusão que se formou em volta do caixão que já estava sendo colocado na cova e as pessoas em volta jogavam flores e cantavam Milton Nascimento:
- Amigo é coisa prá se guardar...
- Embaixo de sete chaves...
- Assim falava a canção.    
O Outro lado da História
Entramos no cemitério, Jackson juntou-se ao grupo que se formou em volta do falecido, começou a cantar, a jogar flores sobre o cachão e a gesticular com as mãos para cima, acompanhando a multidão que cantava uníssono e eu um tanto distante observava aquela cena e me aproximando de uma moça que também observava de longe onde começamos uma conversa sobre o enterro, e então eu disse:
Eu - Que tristeza essa morte tão rápida de um jovem.
        Ela – Pois é... 26 anos e uma morte trágica no acidente.
Eu – É a vida... e nela acontece de tudo.  
         Ela –  E ainda por cima deixa o filho novo.
 Eu – Para morrer “basta tá vivo”, e que acidente horrível esse do rapaz!!!!!!!!
 Aí, quando eu disse “rapaz” ela retrucou:
           Ela – Não é rapaz não, é uma colega minha e que trabalhava nas Casas Bahia e sofreu um acidente de moto em Arembepe.
Nessa o bicho pegou, pois estava meu amigo cantando, jogando flores,  aplaudindo  e chorando para o defunto errado pois, eu na conversa com a moça descobrir o engano e que por coincidência era também um acidente de  uma jovem de 26 anos que havia deixado um filho e essa história casava com a mesma do rapaz que fomos ver, e nisso eu entrei numa crise de risos vendo Jackson no meu do velório, ao tempo em que gesticulava chamando meu amigo que me olhava e não entendia o meu chamado e nem meu riso, e a moça também sem entender me olhava com desprezo e se afastando, me fez chama-la para dizer:
- moça, por favor, me desculpe, mais meu amigo está no enterro errado e eu não conseguia parar de sorrir, não me controlava e chamava Jackson e acabei por gritar:
- Sai daí zorra!!! Você está no enterro errado
Uma cachoeira em Minas
Quando Jackson percebeu que havia alguma coisa errada, foi saindo de mansinho e se chegou para a capela onde ainda estava sendo velado o corpo do rapaz e eu não conseguia parar de rir ao lembrar a cena de meu amigo cantando,  aplaudindo e no meio do grupo do enterro errado como se fosse uma pessoa chegada da família. Quando tudo acabou e nos encontramos já dá para perceber que entramos numa crise de risos que gerou essa história.
19/09/2012



Em Inhapim (Minas) com Geraldinho
Que dupla





Em Fortaleza







Mais uma viagem
Em Manaus no Porto

Hotel em Campinas-São Paulo

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

MUITO BOM "ESTADO DE GRAÇAS"


Lembranças dos Veleiros da Bahia

Estado de Graça

Pensando em vocês

Em Belém é tudo de bom





O Brazil é um “estado de graça”...
e das “Graças” se vive, dos Estados...
Unidos pela fé, mesmo as que fedem...
e o povo dá, graças ao estado.
Cada Estado tem um dono...
que vive em “estado de graça”...
graças as desgraças de um povo...
crente, demente e carente de “graças”.
Clamamos pelas “graças do Senhor”...
enquanto o grande senhor, “Faça Mando Ignore”...
nos apunha-la de graça...
ao tempo que, em nosso Estado...
os donos nos abraça de graça.
Porém não há de ser nada de graça...
Já que, é aqui que se paga...
e esse povo sempre paga as “Graças”,
mesmo que as dívidas caia em desgraça.
Quem sabe no dia de “Graças”...
rendamos homenagem aos candidatos das graças,
promessas e doces palavras...
nos ofereça um mundo de graça.
Esse é o povo...
tão bom, homenageia até garças...
Presentes no natal 2011
rir de graça, nessa selva é a caça..        
do bolo é massa...
pobreza é tua carcaça.
Também, pudera...
nós sempre queremos o miolo da massa...
mesmo que seja mordaça... 

Em Belém 

Em Belém-Pará Cais do Porto

















Amigos de Havana-Cuba

Amigos chegando no sítio

CRIANÇAS SÃO PARA BRILHAR


Cris na noite

Cris tudo de bom e maravilhosa



Cristiana a gata.
Em Guarapiranga Lula foi e eu também fui.

A gata Cristiana.


Criança Esperança

Meninos iguais...
crianças normais...
tristes e sem pais,
traços fatais.
Meninos desvalidos...
gritos sustenido,
visão sem sentido...
sussurros gemidos.
Meninos crianças...
vida sem esperança...
Eu e o Dino
choro, fome e tristeza mansa...
papel, papelão manta.
Meninos de rua...
sorte, rota e nua...
cama coberta pela lua...
sonho e vida só sua.
Meninos fortes...
correm da morte..
abraçam os postes...
se curam dos cortes.
Meninos tristeza...
longe da beleza...
perto da avareza...
Em Caeté - Minas Gerais
vistos de longe pela nobreza.
Meninos de sujo profundo..
lágrimas no olho imundo...
sentido errante vagabundo...
como serão futuro do mundo.
Meninos soltos na vida...
crianças de avenida...
pele desbotada e curtida...
será, meu Deus, morte sofrida?
Crianças só, sem razão...
no rosto ilusão...
na vida amargo coração...
na necessidade, uma mão!
Ricardo Hagge
As amigas de Caeté-Minas Gerais
Feira Hyppe em Belo Horizonte
 Brasil Esperança 06/02/2002
Mais uma viagem
Em Belém - Cais do Porto








UMA HISTÓRIA DO GINÁSIO


Apresentando trabalho
Chegando em Manaus


Apresentando trabalho

Nanda, Taty, Mônica, Ricardo e Jackson 


A dupla e o amigo cubano




UMA HISTÓRIA DO GINÁSIO

Era a quarta série do ginásio e lembro-me bem do Instituto Santo Agostinho no Castro Neves no bairro de Brotas, que funcionava em um casarão antigo com algumas frondosas pitangueiras e na passagem lateral um pé de figo, e nesse casarão os quartos foram transformados em sala de aula e a sala em diretoria, existindo apenas uma turma para cada série e no caso a única turma da quarta série era a nossa e agora imaginem que na nossa sala eram dezessete mulheres e apenas dois homens, no caso, eu e Antônio Brandão, vulgarmente conhecido como “Toba”. Nada não, mais pensem em dias maravilhosos vividos com essa turma, principalmente com a Sandra, muito simpática e uma bunda de chamar atenção, a Ivete que era uma morena linda dos cabelos longos, a Cláudia massa, minha paquera/namorada Vera Baqueiro e mais umas duas que não me lembro do nome, as quais junto conosco formavam um grupo dominador e nessa onda eu era o presidente do Grêmio local e durante o decorrer do ano apareceu o Pedro e sua irmã que vieram transferidos de outra escola e que se juntou ao grupo.
Sei que foram várias e várias peripécias nessa escola, mais duas nos marcaram muito e a primeira foi um fato acontecido com a secretária dona Lourdes que era uma senhora gorda bem gorda e pegava no nosso pé não deixando os namoros, nem as risadas altas, nem as perturbações com o Agnaldo que era o caseiro e um belo dia estavam todos na sala aguardando uma aula e começamos a fazer um samba batendo nas carteiras e as meninas se levantavam e sambava uma a cada vez e nisso dona Lourdes gritava e batia palmas pedindo silêncio e o samba continuava e ela se agitava e ficava nervosa batendo na mesa dela e ao sentir que ela se dirigia para a sala batendo na porta, o Toba se levantou e ficou escorando a porta bem alta e de duas bandas e ela forçava para abrir empurrando e ele segurava e o samba continuava e as risadas também até que ela se afastou a fim de tomar impulso para tombar a porta e Toba percebeu, correu e sentou-se em sua cadeira no momento em que ela veio correndo e se esbarrou na porta que fez um estrondo e se abriu ao tempo em que dona Lourdes entrou girando e se espatifou no chão, e nisso dá para imaginar aquela cena e imaginar também as gargalhadas, mais tudo passou e com a chegada do fim de ano nos restava uma despedida gloriosa e bolamos uma viagem até a ilha de Itaparica na localidade de Manguinhos onde uma colega tinha uma casa e nos ofereceu.
Como eu era o presidente do grêmio bolei um convite no qual a escola convidava os alunos para esse passeio de encerramento do ano letivo e despedida da quarta série e solicitava a permissão dos pais para o tal passeio e não deu outra, pois com a permissão na mão e o silêncio de todos, preparamos a viagem reunindo os alimentos, as biritas e nessa brincadeira juntou-se ao grupo mais algumas meninas que eram parentes das colegas e tudo pronto zarpamos embarcando no navio e tudo era festa. Chegamos à ilha entramos no buzú para a localidade de Manguinhos chamando a atenção de todos pela quantidade de mulheres que mais parecia encontros de freiras e chegando lá nós, os homens, tivemos uma grande surpresa, pois era uma casa bem pequena, casa de veraneio, e não cabia nós três, já que as meninas iam se dividir entre o quarto, a sala e as bagagens e então nos colocaram em um barraco de um pescador que era colado a casa e estava vazio e foi o jeito nos arrumar nesse barraco que só era uma pequena sala, um quarto menor ainda e uma mini cozinha e ainda tinha um detalhe que era uma entrada  lateral que já dava acesso pelo quarto e nada a reclamar pois a ideia era a diversão. Nos arrumamos de forma que eu fique no quarto do meio, Pedro foi para a sala e Toba foi para a cozinha e já tudo ajeitado começamos a nos ambientar e preparando umas batidas e haja besteirol, sendo que nesse primeiro dia a tarde fomos visitar a localidade só voltamos para casa bem tarde e no meu  quarto coloquei uma vela em cada ponta da cama, Pedro encheu de velas a pequena mesa e toba espalhou velas pela cozinha já que a casa não tinha luz e fomos dormir.
Já na manhã do segundo dia acordamos com o alvoroço das meninas que já se encontravam prontas para ir à praia e após um café cheio de risadas e brincadeira atravessamos a rua e já estávamos na praia e a imagem era realmente maravilhosa, a visão do mar, os barcos ancorados e balançando ao sabor das ondas, o céu azul, o sol sempre majestoso no verão e o primeiro fato marcante do dia no qual as meninas, aquele bando de mulher, dentro d`água na maior algazarra e nós sentados na areia comentando sobre elas que em certo momento tiravam a parte de baixo do biquine e ficavam agitando rodando com as mãos e gritando ao tempo em que nós contávamos até três e corríamos em direção a elas só que nunca dava tempo, pois bastava um movimento  elas já vestiam a peça e nessa brincadeira passamos um bom tempo, veio o almoço o relax da tarde e ao por do sol  ficamos na praia eu e minha gata que nos deslocamos furtivamente para um dos barcos, subimos, relaxamos e começamos um namoro que resultou em “love” maravilhoso embalado pelo balanço do mar e quando voltamos para a casa e a turma, já era noite e da para imaginar a gozação. Bem, após uma espichada ao centro da vila e algumas biritas, voltamos caminhando pela estrada de chão numa verdadeira festa e finalmente chegamos em casa nos dividimos e fomos para nosso barraco, quando nesse momento o toba se precipitou na frente, todos nós já com altas doses no sangue, e entrando no barraco mais escuro que breu tentando achar as velas e os fósforos, se bate, dá de cara com um jegue na cozinha em cima da cama dele. Quero que vocês leitores imaginem a cena, o cara bêbado entra em um barraco escuro se encaminha para a pequena cozinha onde ia dormir e tateando para achar a cama, velas e fósforos dá de cara com um “JEGUE”... puta merda o toba deu um grito, deu um pulo e saiu correndo gritando coisas sem nexo e nós sem entender nada até que o cara se acalmou e refeito da cachaça e do susto parou e disse: tem um bicho lá dentro. Não deu para acreditar e começou a confusão e aparecem as meninas e água com açúcar para toba e este começou a explicar o fato e a gargalhada não parou e finalmente conseguimos tirar o bicho de dentro da casa e isso foi até altas horas de comentários e risadas para acabar a noite e ver que esse acontecimento permaneceu em nossas memórias e que me levou a relatar.






Icoaraci-Belém - Fazendo Marajoara


Marajoara




Por do sol amazônico

As cerâmicas de Icoaraci-Belém/Pará