terça-feira, 30 de julho de 2013

UMA HISTÓRIA DE ARTISTA


Hagge Ricardo

Hagge Ricardo






Moraes Moreira
Waldir Pires e Hagge

Ricardo, Waldir e Javier Alfaya


Em paz com a natureza

Mara Manzam

Elba Ramalho
Galvão


Daniel Almeida e Hagge



Vânia Galvão e Hagge
















UMA HISTÓRIA DE ARTISTA      

Lá pelos anos 80 quando o primo Jorge Hage era prefeito de Salvador pelo PDT, hoje é ministro, e levando-se em conta que a família sempre teve esse lado voltado para a política, eu também herdei um pouco dessa veia e quando da sua saída da Prefeitura  por questões particulares e, segundo ele, um pouco de decepção com a política, fui convidado por um amigo filiado a ingressar no mesmo partido a fim de sair candidato a vereador  e logo embarquei nessa onda, oportunidade em que conheci Waldir Pires (ex-prefeito, ex-deputado, ex-governador, ex-ministro, ex-tudo) com Dona Yolanda, sua esposa, que na época era candidata e ganhou, e com os quais participei de várias saída para comícios e showmícios com alguns whiskys e com o qual ainda hoje 2013 temos contato. Apesar do nome e da campanha não consegui me eleger levando-se em conta que não fiz muito esforço, não apliquei valores e também não fui liberado pela Empresa para trabalhar pela campanha, o que prejudicou bastante aparecer para o eleitor, mais problemas a parte valeu pela experiência.  Nessa mesma época eu havia me separado do casamento e fui ficar com meu irmão que morava no bairro do Rio Vermelho até acertar a vida, doce vida e o Rio Vermelho que é conhecido como um bairro boêmio, local de encontro de políticos, artistas e intelectuais onde as noites sempre são cheias com seus bares repletos de baianos e turistas além das baianas de acarajé com filas imensas dando um toque nagô ao local e também um toque de beleza na praça, e que me proporcionou grandes momentos.
Nessa praça existe um pequeno edifício onde o PT (Partido dos Trabalhadores) tem uma sala e aceitei ficar, junto com outros, nesse local para deslanchar a campanha e nesse embalo eu frequentava o local a fim de me fazer ser conhecido e conhecer pessoas como, por exemplo, o poeta Galvão dos “Novos Baianos”, sua esposa Janete e o geólogo, amigo e colega Guilherme Aragão, personagem crítico, poeta, caricaturista, letrado e um cara versátil com o qual formamos uma boa dupla, andando para lá e para cá nesse Rio Vermelho frequentando os locais da boemia, e locais famosos como a casa de Jorge Amado e Zélia Gatai, a casa de Capinam, a casa dos Liberatos onde fomos convidados para amostra de bijuterias no cinema Rio Vermelho, de Ingra Liberato, a Ana Raio da novela, e pense você numa mulher linda, perfeita e na época casada com o Jaime Monjardim com o qual sentamos para uns vinhos e vinhos à parte, a nossa era aproveitar. Na rua que meu irmão morava ainda é um belo espaço com uma pracinha, vista para o mar, e algumas casas antigas e uma delas pertenceu ao ator Marcos Paulo (falecido 2013) quando casado com a atriz Renata Sorrah que vendeu para o Monjardim que a deixou um tempo fechada e nessa brincadeira veio de São Paulo a atriz Mara Manzam, para espairecer, esfriar a cabeça e foi quando fizemos amizade e passamos a andar juntos e curtir um pouco Salvador. Eu tinha um Bugre (BIRD) vermelho e pensem na zoeira com essa figura e depois com algumas amigas atrizes de São Paulo e foi quando resolvemos utilizar a casa como pousada convidando conhecidos, atores e atrizes do eixo Rio-São Paulo para uma turnê por Salvador. Dito e feito começaram a aparecer alguns e bolamos um café da manhã regado à iguaria baiana como banana da terra frita, beiju de coco, acaçá, sucos de graviola, umbu, cuscuz com leite de coco e um bocado de coisas da Bahia e o negócio começou a tomar pé ficando de casa cheia e nessa vinha Chico Evangelista (músico), e Álvaro (jornalista Acerte no Álvaro), o irmão de Marcos Frota (ator) e um punhado de gente que floriu a casa e Ricardo se deu bem e não precisa nem falar, e sinto pela Mara Manzan que faleceu (que Deus a tenha) apesar de ficar me devendo R$ 120,00 reais. 
Em conjunto com Galvão (Novos Baianos) resolvemos fazer um relançamento do seu livro “Geração Baseada” que o Galvão conseguiu de uma Editora alguns exemplares e nós conseguimos o restaurante no teto do hotel Tree Towers Blue no Largo da Mariquita no Rio Vermelho e conseguimos também um pequeno patrocínio de frutas e algumas bebidas para a galera e fomos nós arrumar a casa. Na noite do sábado, chegamos e esperamos chegar a galera e apareceram, Paulinho (Boca de Cantor), Luiz Caldas, Bete Wagner,  Armandinho e uma galera da zorra e para esse evento eu havia convidado algumas amigas como Lindaura e Fátima do DNPM e lá estava eu sentado na mesa bem em frente ao elevador com Bete Wagner e um amigo do Banco do Brasil quando o elevador se abre e me aparece essas duas peças num grito uníssono: Ricaaaaarrrrdo dai pode-se imaginar o resultado e a minha cara de envergonhado, mais tudo foi bem e foi beleza pura.

Semana depois saímos eu com Angélica (Gel) tecladista da banda Arerê e meu primo Jackson e fomos parar no barzinho famoso, o Zanzibar, esse da música de Caetano, e lá sentamos com Moraes Moreira, Chico Evangelista, Chico batera e Elba Ramalho para uma noite de papos, risadas e música onde fomos convidados para o show da Elba no Teatro Castro Alves e no outro dia fomos lá, eu e Gel, entramos e fomos para coxia do teatro, sentamos na lateral e começa o espetáculo e a Elba parecia ter se esquecido do público e ficava cantando para nós com uma saia de tirinhas mostrando o biquíni e um bustiê dourado e juro como isso me deixava envergonhado, mais tudo isso ficou na lembrança e foram momentos maravilhosos. Ainda nesse seguimento acabei conhecendo o Zelito Mirando (grande forrozeiro) da Bahia e como já conhecia Elson Hart (Gang Banda) aproveitei essa onda e junto com Raimundo (Duiu) entrei para Agenda 21 com a qual fizemos um verdadeiro arerê no Museu de Ciências e Tecnologia ligado a UNEB com artistas como Elson, a banda “Os Algas” e isso já é outra história.

OS ENCONTROS:

1 - Joara Ledoux é minha conterrânea de Ibicaraí e durante um bom tempo nos vimos e ainda somo amigos;
2 - Zelito Miranda ainda hoje nos vemos e lembramos das peripécias por Brotas;
3 - Helson Hart somos amigos de Brotas e sempre nos vemos e assisto aos shows da SAMBATRÔNICA a banda com Jonga Lima;
4- Lui Muritiba desde a época do Matatu (Vila Laura) quando este namorava a Mara;
5 - Chico e Jorge Alfredo também do Matatu onde morava a vó de Chico e desde a época dos festivais quando os dois apresentaram a música RASTA PÉ;
6 - Elomar vez por outra eu ia até Vitória da Conquista e numa dessas ida fui parar nas barrancas do rio Gavião e lá parei na fazenda do violeiro onde o mesmo mora e  cria uns bodes e numa noite fria com umas pingas da boa e ao som da viola curtimos um bocado;
7 - Caetano Veloso muito antes de tudo isso, ainda no bairro de Nazaré nos festivais do colégio Severino Vieira quando só existia Maria Bethânia, eu ia na casa dele e Dona Canô nos recebia de braços abertos e mais tarde na festa do Bonfim estava eu, meu primo Rodolfo, Caetano, Dedé e seu irmão quando uma Combi preta da polícia esbarrou em seu irmão e foi uma confusão;
8 - Gereba conhecido de longas datas e Duiu casou-se com a irmã dele onde posteriormente nos encontramos no lançamento do INTERART na Agenda 21.
9 - Gerônimo a grande figura e ao meu ver é um daqueles que canta a Bahia nagô, a raiz e nos conhecemos ao longo do tempo desde que morei em Nazaré;
10 - A banda "Os Mustangs" que através do colega Rabelo começamos a andar juntos e fazer algumas viagens para tocar fora. 


Joara Ledoux




Angélica (Gel)
Helson Hart
Lui Muritiba
Zelito Miranda (o forrozeiro)

Paulinho (Boca de Cantor)
Elomar
Chico Evangelista e JorgeAlfredo
Gereba
Banda "Os Mustangs"

Caetano Veloso
     
José Carlos Capinan










Silvia Patrícia

Um comentário:

  1. Gostei de sua história de vida bem vivida... nem eu sabia de tanta coisa a seu respeito.
    Parabéns pelo blog. Espero ouvir outras façanhas.Beijo grande.

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