terça-feira, 13 de maio de 2014

O CARURU DE TIA SILVIA

Tia Litza, Kate, Josa

Haroldo, Litza, Paulo, Carla

Biliu, Paulo e Tia Silvia

Tia Silvia




















Carla, Lítza e Tia Silvia

Gustavo, Jackson e Biliu


Linda
Fernanda e



Haroldo e Paulo

Litza e Clíssia
Laíze e eduardo

Biliu, Gustavo, Paulo e TiaLítiza







A FESTA DO CARURU

Só mesmo sendo baiano para saber, entender, viver, saborear e curtir essa maravilha chamada “Caruru”, que no mês de setembro vem a congregar, reunir amigos, famílias, transformar pessoas e também, além de fazer parte da culinária baiana é motivo de preceito religioso, de festas pela cidade, o qual faz parte até do calendário festivo da Bahia.  Esse meu relato é um tanto particular, pois acontece na minha família e apesar de que, como já falei, é uma tradição em muitas famílias baianas quando se tem filhos gêmeos ou se alcança alguma graça pedida no mês de setembro e então se passa a elaborar essa festa que se transformou numa verdadeira identidade do baiano e no mês de setembro não dá outra... vamos comer Caruru.
Ainda lembro-me bem do começo, apesar de ser criança, quando minha vó Aspásia Lavigne Berbert Hage ainda viva e morávamos  em Ibicaraí, cidade natal da nossa família e ofertava um caruru simples aos santos gêmeos  onde desde cedo demonstrava suas habilidades culinárias e diga-se de passagem, era uma exímia cozinheira sem falar na fartura da época em legumes, frutas, aves e carnes que levavam qualquer um ao deleite culinário e aproveitando essa deixa eu embarquei nessa onda e aprendi a misturar alguns temperos seguindo uma linha de mestre cuca embalado pelos ensinamentos de minha vó. Bem!! Pelo que sei tudo começou  com uma graça alcançada de um pedido feito a Cosme e Damião, os santos do caruru, por razão da gravidez de risco de minha tia Silvia, a caçula dos filhos de Moisés Hage e Aspásia e parecendo estar desenganada veio a nascer sadia, o que levou minha vó a manifestar seu  agradecimento a essa graça alcançada, resolvendo ofertar um caruru para “sete meninos” como manda a regra. Não posso esquecer de citar que também se faz presente em dezembro um caruru para  Santa bárbara que no sincretismo religioso vem a ser  Iansã como é o caso de meu primo Biliu nascido no dia 4. O tempo passou, meus avós se foram, algumas das minhas tias também, mais a tia Silvia continuou a festejar seu aniversário no dia 27 de setembro ofertando um Caruru para sete meninos e mesmo com a ausência de minha vó eu que sempre ajudei a fazer dei continuidade nos mesmos moldes da velha Aspásia.
O aniversário de tia Silvia foi crescendo e com o tempo ficou grande, a ponto de ter um caruru de 400 quiabos regado a uma cerveja gelada, doces maravilhosos, sem falar no acarajé, no abará, na cocada puxa e nos bolos.
Aproveitarei o espaço para mostra as fotos dos diversos carurus que neles se fizeram presente os amigos, os parentes e penetras, todos  frequentadores assíduos que fazem a alegria da festa com suas anedotas e  causos da infância e juventude acontecidos na antiga Ibicaraí – Bahia. Desses personagens quero citar o Haroldo Marques que por assim dizer, uma figura, com uma memória fantástica a qual o leva a lembrar das idades de muitos e do qual as mulheres fogem, outro é Paulo Nunes, esposo de Joseli ( a prima Josa), figuraça  e sempre presente, não posso deixar de cita o Biliu, também outra figura e tantos outros que sempre aparecem para prestigiar a data festiva de tia Silvia.

Espero que a tia Silvia dure muitos anos e que nos proporcione vários   aniversários e mesmo que não venha a ser com muita pompa ou muita fartura, seja de muita paz e conte com a presença da família, dos amigos, de suas antigas colegas de trabalho, além  de se fazer presente a tradição ofertando aos “santos meninos” e aos meninos de ruas que sempre saem em busca de carurus e dos doces como manda a tradição.



Tia Silvia e Jackson

Laíze, Ana Paula

Carla e Paulo
Vanessa

Tia Silvia e Carla
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Linda, Paulo e Biliu

Tia Lítza
Haroldo e Paulo
Todos os Santos