A praça de Ibicaraí |
A loja da praça e a casa de Iara e Joara |
Dia 2 de Fevereiro me viram |
Ricardo Hagge, Ministro Waldir Pires e Deputado Javier Alfaya |
Deputado Daniel Almeida e Ricardo Hagge |
Não digo
nada a vocês mais é verdade, cá estou eu novamente em Ibicaraí com a turma de
sempre, Rodolfo, Péricles (bostinha), Nanado (black nana), Carlinhos,
Paulo (forró), fazendo as serenatas com uma radiola cuja caixa de som era a
própria tampa, alguns disco de “vinil” debaixo do braço, algumas garrafas de
“rabo de galo” (fanta com pinga ou vodka), e só na paquera, indo e vindo da
fazenda de minha tia Alda nos fim de semana para as festas no clube ou
batizados e casamentos nos interiores vizinhos além das curtições rotineiras no
“trecho” (o brega local) e na praça da cidade, quando surgiu um movimento para
o Primeiro Festival de Música de Ibicaraí e então dá para imaginar a zôrra.
Logo formamos um grupo denominado “O Terço” com eu, Rodolfo e Péricles e a
música surgiu como uma bomba, pois um amigo e músico local tinha uma especial
guardada a tempos e queria botar na rua
nos presenteando com a letra que seria a maior onda, a vencedora e então
topamos.
Começa
os ensaios e foram confeccionados panfletos com a letra da música e
distribuídos pela cidade e os primos e amigos ligados fazendo a propaganda e
nós ensaiando e distribuindo panfletos, arranjando torcida, e ensaiando
exaustivamente até que chegou o grande dia do Primeiro Festival de Música de
Ibicaraí. O mesmo foi no cinema local, que estava lotado, faixas na rua e um
vai e vem sem precedentes, pois não é todo dia que tinha um acontecimento
desses na cidade e havia de tudo um pouco como recital de poesias, grupo de
danças e as canções, e um a um sendo chamados e nós na parte de cima do cinema
ensaiando e bebendo e na expectativa e bebendo
até que sai a voz do microfone anunciando: Queremos convidar para se
apresentar o grupo O TERÇO com a canção “Eu Queria Ser Livre”.
Olha,
meus caros leitores, o bicho pegou, foi uma zoeira só, aplausos misturados com
vaias e assovios, gritos e tudo que se possa imaginar, inclusive até confetes
dos parentes e amigos quando subimos no palco e colocamos os instrumentos e ao começar a afinar para nossa voz estes
estavam dando choque e nada de dar certo ao tempo em que Péricles chiava e
vieram os técnicos e Rodolfo batia nas tumbadoras e o público já impaciente gritando, nos deixando ainda mais
nervosos até que começamos a cantar e
acreditem: EU ESQUECI A LETRA, ESQUECI A MÚSICA, ESQUECI TUDO, "Puta que Pariu"!!!!!! deu um branco
total e uma parte da plateia cantava e outra vaiava, gritavam e juro por Deus... não sei como
acabou.
Sonhei que era livre
Eu, uma noite...sonhei que estava livre
das guerras desse mundo...
E, um dia vislumbrei
Que era livre
e voava sobre campos fecundos.
Olhava nosso planeta e via
todo mundo igual
buscando cada um,
necta da vida...
Solange e Rodolfo |
Eu queria ser livre e ver
meu irmão feliz
cantar com igualdade
um canto de felicidade...
Eu queria mesmo
Era ser livre...
poder olhar e ver
nesse berço de esperança...
parar os carros na esquina
sem ter medo das crianças...
Eu que sempre penso ser livre
para poder mirar e olhar
nesse berço de ouro
o filho que nele dorme
Anos 70 na Escola Técnica |
viver, amar e gritar
eu sou a paz.
Agora, olhe e
Não diga mais...
Vou... acordar.
Dedicado a: leitores do site
Publicado em 15/08/2001 06:49:55 -172 leituras
Taís, vereadora Vânia Galvão e Ricardo |
Dona Telma Maravilhosa |
Deputado Emiliano José, Márcia e Ricardo |
O amigo Waldir Pires |
Adorei!!!! Ri muito com suas façanhas no festival da velha city. Acho que as vaias valeram pelo que o trio aprontou...mesmo assim é gostoso relembrar, fica o sabor da saudade.
ResponderExcluirBeijão,