terça-feira, 11 de junho de 2013

VELHA JUVENTUDE

A vida passa, as lembranças ficam




A loja da esquina em Ibicarai


Assim era Ricardao
A praça de Ibicarai











OUTRA HISTÓRIA DE IBICARAÍ


Mais uma vez em férias na cidade natal e não dava outra a não ser caçar aventuras com a turma de sempre formada por Carlinho (Bufão), Nanado (black Nana), meu primo Rodolfo, Paulo (Forró), Péricles (Bostinha), Leandro (Boca de Acari) e eu. E lá vamos nós rodando por Ibicaraí City, como sempre caçando lua e procurando o que fazer para passar o tempo e quando já era mais tarde da noite nos encontrávamos na rua do Trecho  (o brega local) e sentávamos na barraca de Loro comendo um churrasquinho de gato e bebericando uma pinga da boa até altas horas procurando motivos para rir, jogar conversa fora e inventar o que fazer para justificar o grupo.
Desta vez o papo era a inauguração de uma Churrascaria em Floresta Azul um interior vizinho, denominada Pau & Pedra que foi construída no capricho e seria “a festa” do ano, com tudo do bom e melhor, comida, bebida a vontade, muita música com a banda de Itabuna, Os Lordão, e seria algo cinematográfico que só tinha um problema, teria que ser de paletó e gravata impreterivelmente e aí estava a questão: como conseguir o traje a rigor para não perder essa festa; Foi então nesse questionamento que salta o Nanado e aparece como o salvador da pátria, pois ele tinha como conseguir os trajes para o grupo tirando do coral da Igreja e com um agravante, pois todos eram iguais, da mesma cor marrom e tinha uma “Flor de Liz” bordada em linha dourada no bolso. Bem!!! não deu outra e chegou o momento do encontro como sempre na praça, todos cheirosos  a Cashmere Bouquet, e esperando o Nanado para escolhermos os paletós que chegando na praça já veio gritando que eram também tamanho único e então não precisa falar na gozação e nas gargalhadas ao nos ver vestidos iguais com aqueles trajes do coral e com um cheiro de mofo da zorra além de não caber em alguns do grupo, o que nos levou a rir sem parar.
Entramos no Jeep “Willys” azul, 1959, de capota preta, com uma folga no volante que fazia um giro total e lá vamos nós seguindo para Floresta Azul e como não existia Lei Seca nessa época andar de carro, lavados, era fato corriqueiro, e fomos na viagem rindo e haja besteirol para falar até chegar à frente da Churrascaria, parar o carro, descer e acertar os detalhes que facilitaria a nossa entrada na festa. Nesse caso a questão era ficar separados, entrando aos poucos e nos encontrarmos lá dentro e sem formar um grupo grande e assim foi. Começamos timidamente entrando um por vez, Rodolfo com a namorada, eu com a irmã, e lá dentro começamos a girar para reconhecer o ambiente e atacar os garçons cada vez que apareciam na frente e à medida que o tempo passava a casa enchia e chegava gente e o tempo passava e aos poucos fomos nos reencontrando no meio do salão e quando o grupo estava reunido, alegre, feliz e gargalhadas mil demonstrando que o álcool já começava a fazer efeito, surge uma voz no microfone com aquele trivial Alô, Alô, boa noite a todos  e abre a festa com discursos e finalizando com palavras de agradecimento, olhando e apontando para nosso grupo pára e diz:  quero agora aproveitar e convidar a grande banda “Os Lordão” para iniciar nossa festa nos abrilhantando com a parte dançante.
Meu Deus... por essa ninguém esperava e o bicho pegou e a casa caiu e tudo mais que se possa dizer e até procurar o chão para pisar e a cachaça passou na hora. Puta merda, todos olhando para o grupo e nós sem palavras, sem ação, ficamos atônitos, puxei a namorada e fui saindo devagarinho acompanhado de Rodolfo e o cara no microfone nos apressava e os convidados nos olhavam na expectativa de uma entrada triunfal e para nossa felicidade, nesse momento a verdadeira banda entra no palco pela parte de trás para alívio do grupo que voltou a se reunir... e para felicidade geral da nação, tudo acabou em festa e o motivo para escrever essa lembrança maravilha vivida na juventude com esse grupo na cidade de Floresta Azul.

Rodolfo, Solange, Rosinha



Esse era o Jeep
Os Corsários... a banda

No rio pescando piaba











O cara